Sobre a Assexualidade

17 janeiro, 2009

Entre o final da década de 1940 e o começo da década de 1950, Alfred Kinsey, tido como o pai da sexologia (campo de estudos de nossa atual Ministra do Turismo), fez uma extensa pesquisa sobre os hábitos sexuais da população americana, que culminou na publicação de Sexual Behavior in the Human Male ( 1948 ) e Sexual Behavior in the Human Female (1953), obras que, por terem catalisado uma reflexão ampla sobre o sexo, contribuíram para tornar socialmente aceitáveis certas práticas sexuais tidas anteriormente como “anormais”.

Durante sua pesquisa, Kinsey criou uma escala para quantificar a opção sexual dos entrevistados em algum ponto entre 0 (completamente heterossexual) e 6 (completamente homossexual). Porém, uma porcentagem dos entrevistados não se encaixava em nenhum ponto dessa escala – ou seja, não possuíam “contatos ou reações sócio-sexuais.” Esses indivíduos recebiam uma classificação especial como “X”, mas o estudo de Kinsey sobre o tópico parou por aí.

O tema da assexualidade só seria novamente abordado em 1977,  em Asexual and Autoerotic Women: Two Invisible Groups. Em tal paper, a autora faz uma diferenciação entre mulheres autoeróticas (que se masturbam, porém não possuem desejo por sexo) e mulheres assexuadas (que, além de não possuírem desejo sexual, também não possuem impulso por masturbação) – atualmente, ambos os grupos são considerados “assexuais”. Desde então, várias pesquisas foram feitas sobre a assexualidade.

Terminada a introdução histórica, podemos partir para uma definição do que seria a assexualidade (Apesar de o nome ser praticamente auto-explicativo.) Assexual é a pessoa que não sente atração sexual, seja por pessoas de mesmo sexo ou pessoas de outro sexo. Tendo feito a obrigatória definição, restam alguns pontos a ser clarificados:

Assexualidade não é a mesma coisa que celibato. O celibatário é alguém que se abstém da atividade sexual, seja por vontade própria (como no caso de alguém que assume um voto de castidade), seja por outros fatores. Já a pessoa assexual não sente vontade de fazer sexo, o que inclui tanto pessoas que abominam a idéia de relações sexuais quanto aquelas que simplesmente são indiferentes a estas.

Assexualidade não impede a pessoa de desejar relacionamentos. Normalmente, o comportamento assexual é algo que vem da própria pessoa – ela simplesmente não sente atração sexual por outras, o que não a impede de formar vínculos afetivos com outras pessoas. On the other hand, a incapacidade de formar vínculos afetivos com outras pessoas também não é um indício de assexualidade: o filósofo Wittgenstein, tido como um exemplo de portador da síndrome de Asperger, teve vários affairs homossexuais. A única diferença entre os relacionamentos de assexuais e o de pessoas “normais” é que aquelas se focarão nos aspectos não-eróticos da relação: proximidade, comunicação e todas aquelas outras coisas que o pensamento hetero-normativo em culturas latinas rotularia como baitolice.

Assexualidade não implica ausência de excitação: Apesar de assexuais não sentirem impulso por sexo, alguns experimentam excitações ocasionais. Porém, no caso de assexuais, isso não costuma estar associado ao desejo sexual, sendo puramente biológico. Além disso, não é algo que ocorra com todos os que são identificados como assexuais, como é visível pela divisão inicial entre assexuais e autoeróticos.

Assexualidade não é doença (normalmente): Em condições normais, a assexualidade não é oriunda de condições médicas. Porém, em alguns casos, a perda do impulso sexual pode ser oriunda de condições clínicas mais profundas. Além disso, quando o caráter assexual de uma pessoa interfere no seu relacionamento com uma pessoa *-sexual, isso é classificado como Desordem de Desejo Sexual Hipoativo, considerada como uma desordem mental pelo DSM-IV.

Uma vez que a maior parte dos estudos quantitativos costuma ser superficial, dividindo a população em heterossexuais e GLBT (ou seja lá qual for o acrônimo da semana), tem-se a impressão de que a assexualidade é um fenômeno raro; dessa forma, muitos assexuais acabam sofrendo um preconceito até mesmo maior do que aquele dirigido a homossexuais e bissexuais.

Porém, os poucos estudos especificamente voltados para o fenômeno da assexualidade parecem indicar que o fenômeno é muito mais comum do que se pensa. Com base em uma pesquisa feita na Inglaterra, Anthony F. Bogaert estimou que cerca de 1.05% da população é assexual, índice muito próximo ao de pessoas homossexuais. Pouco depois, Prause e Graham traçaram um perfil do “assexual médio”, com base em questionários-padrão; sua pesquisa apresentou uma proporção maior de assexuais, mas isso pode se dever ao espaço amostral menor (18.000 no estudo de Bogaert, 1.146 no estudo de Prause e Graham.)

O número de pessoas que se declaram assexuais cresceu com o advento da internet. O surgimento de sites como o da ASEN (Asexual Visibility and Education Network) proporcionou aos assexuais aquilo que os homossexuais e bissexuais já tinham há algum (pouco) tempo: uma comunidade que os ajude a “sair do armário”, um meio em que encontrem pessoas que não vão as hostilizar por conta de sua opção com relação ao sexo. Com isso, a tendência é que a porcentagem da população que se declara assexual cresça e ganhe destaque.

A assexualidade é um “fenômeno” relativamente comum, mas pouco estudado pelos pesquisadores ao redor do mundo. Porém, com o aumento do interesse da academia sobre o tópico e o aumento do número de pessoas que se consideram assexuais, espera-se obter um melhor entendimento sobre o assunto, aumentando a compreensão que temos sobre a sexualidade humana.

Bibliografia:

-BOGAERT, Anthony F.: Asexuality: prevalence and associated factors in a national probability sample,  Journal of Sex Research, August 2004.

-PRAUSE, Nicole & GRAHAM, Cynthia A.: Asexuality: Classification and Characterization, Kinsey Institute, 2007.

-ASEN (Asexual Visibility and Education Network): http://www.asexuality.org

-Research on Asexuality in Asexual Explorations: http://asexystuff.blogspot.com/2008/10/research-on-asexuality.html



Revelações

7 janeiro, 2009
Auto-explicativa

Auto-explicativa

O Blog vai, volta, e os autores se revelam.


A Arte do Tédio e da Cópia

4 janeiro, 2009

Homenagens póstumas podem ser feitas até pelos mais desqualificados.

Mural das citações.

Mural das citações.


Identidades e Pseudônimos

30 dezembro, 2008

Jake Dust. The Son of Nothing. Por mais que seja nosso desejo, não são nossos nomes. São pseudônimos, apelidos, nomes de guerra, representações verbais. Em nosso caro ‘mundo digital’ não existem nomes da maneira que conhecemos: nossa identificação é o nosso endereço, o lugar para onde todas as mensagens (os pacotes) são encaminhados, e mesmo este pode ser ocultado com redes como a Freenet ou Tor.

Esta liberdade que nos é oferecida permite a existência dos sistemas de reputação na Web: Quando adotamos um novo pseudônimo, deixamos de ser tudo o que somos no mundo real em troca de um novo nascimento. Como não é necessário transmitir dados reais sobre você (altura, idade ou até sexo), a grande fonte de informação é o que você manda. Seja involuntariamente (como seu navegador enviando o nome de seu sistema operacional) ou voluntariamente (quando você conversa, publica fotos, textos etc), todas estas informações ajudam o receptor a montar um perfil de você.

Este perfil costuma ser associado fortemente a alguma coisa fixa que possa identificá-lo, como o pseudônimo. Por exemplo, quando leio SrBigode em algum lugar, sei automaticamente que é o meu velho companheiro, com seu estilo único e seus conhecimentos interessantes. Não há motivos para não acreditar que o mesmo aconteça quando algum de meus contatos descobrem que o texto é assinado pelo “Jake Dust” ou pelo “Slawter”.

Na Internet, ninguém sabe que você é um cachorro.

Na Internet, ninguém sabe que você é um cachorro.

A vantagem disto existir é a possibilidade de manter uma reputação online, ligada a uma certa personalidade, capaz de criar respeito e reconhecimento, capaz de adquirir uma vida própria, normalmente independente da realidade, como faziam até pouco tempo o Fake Steve Jobs e o Galrahn. Esta separação é o que torna interessante o tipo de pseudônimo utilizado pelos autores deste blog, uma distanciação light da vida real, mas longe de ser efetiva ou absoluta. A maior parte dos leitores habituais já sabe quem somos, e os que não sabem podem descobrir em questão de minutos, se prestarem atenção.

Quando mantemos uma reputação online, nem sempre desejamos conectá-la com nossas vidas pessoais ou com nossa família, pois pode ser uma reputação não muito apresentável pelos mais variados motivos possíveis, como por demonstrar vício em jogos ou detalhes pessoais não-públicos. Na vida real, este desejo é dificilmente satisfeito: quando você faz algo, não há como correr ou se esconder de maneira realmente efetiva. Sempre existe um modo de ligar suas ações a você, até porque a quantidade de rastros involuntários é incontrolavelmente maior.

Na Internet, isso não existe de facto. Quando desejamos trocar de identidade, simplesmente mudamos de nome e, de acordo com a paranóia, tomamos algumas medidas básicas de segurança. Uma pessoa pode representar inúmeros pseudônimos, assim como um nome pode ser uma comunidade inteira. A pessoa por trás do “Jake Dust” pode ser a mesma por trás do Slawter, e ao mesmo tempo colaborar com o Andrei para montar duas outras personalidades: Murilo e Binho.

Esta incerteza natural em relação as outras pessoas é uma das características mais marcantes da Internet, e também uma das mais belas. Em breve abordarei mais sobre as consequências disto na segurança e na privacidade.


Globometonímias

30 dezembro, 2008

Falta de tempo, globalização, informação demais, etc. “Era da informação”. OK. Só não entendo em qual parte disso entra o fato de meio mundo resolver, de repente, que dois parágrafos podem explicar um conflito de décadas, que cinco horas de teatro resumem uma das obras primas da literatura brasileira, que duas páginas explicam o que alguns estudam meses para entender e aprender de fato.

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OSINT – Inteligência Aberta

20 dezembro, 2008

OSINT, sigla para Open source intelligence, é o termo usado, principalmente em inglês, para descrever a inteligência, no sentido de informações, como em serviço de inteligência, obtida através dados disponíveis para o público em geral, como jornais, revistas científicas e emissões de TV. [Wikipédia]

Uma introdução curta, mas para um leigo logo surge a dúvida: “O que é inteligência?“. Este pequeno artigo tem a intenção de introduzir o conceito de inteligência e de OSINT de uma maneira leve e didática para pessoas que não possuam experiência na área.

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De heróis e vilões, pt. 2

21 julho, 2008

Continuando o post, enfim.

Nos quadrinhos, essas mudanças foram perceptíveis pelos leitores. A quebra de estereótipos batidos e de histórias-padrão foram uma grande revolução nos quadrinhos, levando a Watchmen e outros. Mas e as histórias antigas? Não poderiam ser deixadas de lado, de forma alguma. Não podiam ser alteradas tão drasticamente a ponto de personagens não serem reconhecíveis de edição em edição, não podiam ter uma revolução tão grande em tão pouco tempo.

As histórias antigas tiveram, sim, um revamp, mas muito mais gradual ou de fato alterando-se. Elas ganharam novos títulos ou foram gradualmente introduzindo novos vilões e novas características aos roteiros. Em geral, a primeira opção foi a preferida: as histórias antigas continuavam muito mais lentamente, enquanto novos títulos eram criados utilizando personagens claramente entre os originais e os novos, alterados, mais humanos. Foram criadas situações diferentes, alterações drásticas dos contextos originais (até porque esses não fariam muito sucesso ou sentido se mantidos estáticos).

No cinema, é visível a alteração, até porque o cinema nunca ligou para manter histórias. Com superproduções cada vez mais alardeadas e adaptações cada vez mais freqüentes dos quadrinhos, o cinema se tornou uma grande vitrine das características dos quadrinhos, novas ou nem-tão-novas mas revolucionárias, como o supracitado Watchmen. Neles, com os personagens ganhando vida, no entanto, o caráter que assumiram se torna absolutamente fácil de perceber.

No entanto, por alguma razão, me parece que as histórias não conseguiram mudar tanto os heróis quanto os vilões. Heróis se tornaram um papel de estrelato, de certa forma, mas absolutamente enfadonhos. Batman, Superman e afins continuam nobres demais. Nada mais natural. Aliás, fique claro, não estou reclamando, gosto das coisas assim. Mas não dá para negar que isso abriu um IMENSO espaço para que os vilões se tornassem os personagens mais interessantes. A excentricidade, a complexidade de caráter, além de tiradas geniais, tornaram-se uma marca esperada de vilões, junto a uma astúcia que, talvez, seja a coisa menos real deles, digna de um mestre como don Vito Corleone ou até mais.

Vê-se, portanto, uma tendência a alardearem-se os vilões acima dos heróis. Já não é a primeira vez que saio de um filme adorando e elogiando o vilão ao invés do herói.

Por fim, há os vilões que viram heróis e vice-versa. Mas esses, não sei se são bons ou ruins. Muitas vezes, é algo cabível mas um tanto sem graça. Perdem a família, entes queridos, etcétera. Se não, sofrem um acidente. Ou então ficam simplesmente loucos. Ou, no outro caso, vêem o mal que estão fazendo (sério, isso é a maior quebra de expectativa/clima que eu conheço) ou alguma razão absurda, como serem salvos pelo herói e resolverem ajudá-lo, etc.

O que eu vejo, portanto, é um cenário longe do primário dos quadrinhos: os heróis ainda vencem, ainda são admiráveis e imbatíveis, mas ganham simpatia apenas dos mais inocentes. Boa parte do público, agora, idolatra e entende mais o vilão do que o herói. Lógico, ninguém apóia que a cidade seja explodida ou o mundo destruído, mas todos entendem que o mais humano e plausível entre os dois (e, portanto, maior merecedor de compreensão e até simpatia/elogios) é o vilão, por mais cruel que seja. Eu elogio e aplaudo de pé os últimos vilões que vi em filmes do gênero.

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De heróis e vilões, pt. 1

21 julho, 2008

Sabem, um dia eu gostei dos heróis. Alguma parte inocente de mim achava que o fato de eles fazerem tão bem o bem era digno de real admiração, e eles eram meus favoritos. Aliás, até pouco tempo atrás, coisa de pouquíssimos anos, eles ainda eram meus favoritos.

Aliás, a princípio, era esse mesmo o propósito dos heróis: causar admiração. Eram sempre bons, ideais, perfeitos. Eram invencíveis, claro. Não tinham obsessões, apenas a justiça. Nunca era preciso nenhum contratempo para que salvassem o dia. A priori eles causavam admiração e ganharam grande afinidade dos leitores de quadrinhos.

Os vilões, por outro lado, eram o exato oposto: deveriam causar ódio e, em geral, se assemelhavam a algo que era socialmente combatido na época: russos ou americanos, dependendo do lugar; monstros que representavam algum mal; mafiosos; criminosos em geral; corruptos, etc. Eram, basicamente, uma visão do que a sociedade detestava, e não tinham qualquer característica especial além de obedecer isso da forma mais estúpida possível.

Com o tempo, porém, essas características foram mudando. A começar pelos heróis, que deixaram de ser invencíveis e passaram a fazer sucesso em edições especiais que apresentam suas mortes. Fraquezas humanas foram aparecendo, eles começaram a perder batalhas. Psicologicamente, deixaram de ser perfeitos e ideais, e se tornaram mais suscetíveis a dilemas humanos. Passaram a perder coisas, em troca de salvarem o dia (pelo menos isso. Mas se deixarem de salvar o dia, até a graça perdem). Por mim, melhoraram assim.

Os vilões também. Não deixaram de ser maus (aliás, alguns ficaram até piores), não, mas ficaram absolutamente melhores. Também ganharam características um tanto mais humanas, deixaram de ser simplesmente o estereótipo do mal e do “vou destruir a Terra sem razão aparente”, “vou dominar o mundo” ou “vou te matar por ter quebrado minha unha naquele verão”. Alguns ainda têm um estereótipo bem definido, sim, mas são estereótipos humanos. É o estereótipo do louco, é o estereótipo do obcecado. São vilões absolutamente mais humanos e, portanto, mais divertidos, mais realistas.

Em um próximo post, falo mais sobre o assunto, para não fazer algo extenso demais. Também não deve demorar muito, não se preocupem.

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Amigos

20 julho, 2008

Meu caro amigo, me perdoe por favor
Se não lhe faço uma visita…

Por mim, existem três coisas sem as quais não dá para ser feliz de jeito nenhum: um estômago, um cérebro e bons amigos. Até o fígado dá pra dispensar, vai (vão discordar de mim até a morte), mas esses três, de jeito nenhum. O estômago e o cérebro por razões óbvias.

Os amigos, simplesmente, por serem a única coisa que nos garante que estamos num lugar que vale a pena ou, na pior das hipóteses, que ainda é suportável.

Isso porque amigos vão e vêm, passam, voltam, continuam, mas sempre temos algum. Alguém que nos agüenta, alguém com quem podemos desabafar.

Alguém que nos faz sentir alguém, contra tudo o que digam os outros. Alguém com quem conversar a qualquer momento (ou apenas que, nos momentos disponíveis, fazem cada palavra valer por qualquer eternidade que vivamos).

Amigos nos fazem, por muitas vezes, refletir. Quando têm algum problema, quando nos pedem algo em troca de tudo aquilo que cobramos tantas vezes. Quando choram escondidos, quando nos pedem segredo, quando nos pedem alguma honestidade e sinceridade. Amigos, ao contrário do que dizem muitos textos, não são apenas apoio. Também nos cobram, também buscam algo em troca da amizade.

Bons amigos não aparecem do nada, como (… Como… Droga. Ah, já sei) a notícia da morte da Dercy. Custam um mínimo de cara-de-pau, um tanto de simpatia e interesses em comum e, por vezes, por que não, muita e muita sorte e tentativas. De ambos.

Amigos não são estáticos, como já disse. Alguns vão para que entrem outros. Alguns, de amigos-conhecidos viram ótimos amigos. Outros, o contrário ou, na pior das hipóteses, viram cunhados e vão assaltar a sua geladeira nos fins de semana. Algumas amigas (colocar no masculino ia dar idéia de ser texto do russo) ainda se tornam algo mais: namoradas, esposas. Os melhores relacionamentos são amizades, ainda assim. Não se pode namorar alguém que não se conheça muito bem, que não saiba agir como amiga (again) nas horas certas. Torna-se algo frágil e, muitas vezes, até desagradável, o relacionamento.

Amigos também brigam, se desentendem. Por qualquer razão, aliás. Por qualquer desacordo, podem brigar, mesmo os melhores amigos. Mas bons amigos sabem quando parar ou quando ceder. E, se não souberem, ao menos sabem olhar nos olhos e pedirem desculpas. Em último caso, sabem mandar indiretamente o recado.

Amigos também não trazem apenas coisas boas ou prazerosas. Eles nos decepcionam, nos desapontam. Sem querer, provavelmente. Mas amigos também são humanos: também sentem raiva e podem muito bem descarregá-la no primeiro alvo disponível. Cabe a nós apenas entender. É o que faria um amigo.

Passem bem o dia do amigo, pessoas.